
Quem é a Mari?
Sou Mariele Rios, mineira de Divinópolis/MG, médica generalista formada pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Especializei-me em pediatria no Hospital São João de Deus e tenho Título em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria/AMB. Hoje estou em fase final da Pós Graduação em Aleitamento Materno em São Paulo e do Curso Sueño Infantil na Espanha.
Já trabalhei em Hospitais em Divinópolis e Paracatú, fui professora e preceptora da Faculdade Atenas e preceptora na Universidade Federal de São João Del Rey. Também fui Pediatra e Diretora Clínica do Hospital de Porto de Trombetas (área remota) no Pará.
Apesar de trabalhar com atendimentos no modo slow medicine e ser atuante na defesa da humanização do parto e da amamentação desde sempre, apenas após a chegada do meu filho Bento, em 2017, é que pude entender algumas particularidades da maternidade.
Hoje trabalho em Divinópolis, atendo meus pacientes em domicílio, escrevo meus livros (já tenho 2), administro meu instagram @umamaepediatra, atendo on-line no período de pandemia, gerencio o curso Beabá do Cuidar para mães, pais e cuidadores de bebês e ainda milito por diversas questões de igualdade racial, de gênero, pela infância desmedicalizada e respeitada.
A maternidade me fez entender que a pediatria era apenas uma parte de mim e que eu precisava dividir mais do meu processo “extra-profissional” com outras mulheres.
Hoje carrego com firmeza a bandeira da amamentação e do sono guiado pelo bebê.

Por quê @umamãepediatra?
Bento foi um filho desejado e muito planejado. E mesmo com este cenário propício e com toda informação técnica, sua chegada revirou minha vida.
Descobri que ser mãe e ser pediatra eram coisas bem diferentes. Atender crianças é muito especial, mas ter a criança mais importante da sua vida 24h por dia sob sua responsabilidade é algo que extrapola qualquer sabedoria teórica. A maternidade me entregou a dose necessária de realidade e enxugou o romantismo.
Tive muitas dificuldades com a amamentação e principalmente com o sono. Médicos estudam pouco sobre o sono natural dos bebês. Às vezes sabemos lidar com a doença, mas não com a normalidade. Foi então que a abstinência de sono me provocou um estado impulsivo de buscas e de muito estudo. As coisas tomaram um rumo muito diferente do que planejei e confesso que gostei.
A adaptação foi difícil e até hoje não aconteceu por completo. Aquela Mari, de antes da maternidade, continua desaparecida. Mas encontrei outras parcelas de mim que jamais imaginei. Eu me descobri uma potência.
A maternidade colocou a pediatria em segundo lugar. Por isso sou UMA MÃE PEDIATRA e não UMA PEDIATRA MÃE. Entendi que meu filho tem necessidades primordiais e que sua infância não é eterna. Eu optei por estar ao seu lado agora.
Hoje canalizo este meu amadurecimento enquanto mulher e mãe, associado aos meus conhecimentos técnicos em pediatria, para auxiliar mais mulheres a sobreviverem e viverem melhor após a chegada dos filhos.
Acredito que exista muita verdade dentro de cada uma de nós e que eu precise apenas fazer com que sejamos capazes de nos ouvir. A maternidade é sobre uma comunicação interna e não sobre crianças. Ser mãe é treta, mas é transformador.
Interesses

Amamentação
Atendimentos presenciais desde o pré-natal até a sala de parto e enquanto for necessário para o estabelecimento da amamentação de maneira saudável. Acredito na amamentação como uma ferramenta política, humanitária, igualitária e necessária. Não é só a mãe e o bebê que se beneficiam deste ato.

Sono de bebês
Trabalho no ajuste de expectativa dos pais sobre o sono das crianças saudáveis e menores de 3 anos. Observo que a maioria das famílias não sabem o que esperar do sono de um bebê correspondido, o que as leva a falsas esperanças e muita frustração.

Sala de parto
Recepção ao Recém Nascido em Sala de parto, de modo humanizado (respeito ao protagonismo da mãe e do bebê, baseado em evidências). Prezo pelo pele a pele, clampeamento tardio de cordão, amamentação na primeira hora e adiamento de procedimentos postergáveis. Não faço atendimentos ao parto domiciliar.

Apoio parental
Uma grande paixão é conversar com mulheres e homens sobre nossa função na parentalidade.
Ouvir muito, dividir angústias e acolher pais dispostos, mas nem sempre heróis como prega a sociedade, é muito gratificante.

Educação Respeitosa
Acredito que podemos educar e ajudar as crianças nas construções de seus valores através de uma atuação mais amorosa. Abomino qualquer violência contra a criança e partilho ferramentas para o alcance dos objetivos sem castigos, punições, agressões ou chantagens. Crianças precisam sim de "limites", mas há uma maneira mais empática e amorosa para fazermos.

Puericultura
Sem dúvida esta é a parte da medicina que mais amo. Tenho muito prazer em auxiliar aos pais no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças. Através de consultas de rotina detalhadas, consigo preparar a família para as etapas da infância e suas possíveis adversidades.

Apego Seguro
Este modo de vinculação entre pais e filhos é o mais coeso e com melhores resultados físicos e emocionais a curto e longo prazo. Não acredito em crianças manipuladoras ou malvadas por natureza. Acredito que se elas pedem colo e afeto, é porque precisam.